quinta-feira, 28 de maio de 2009

Capítulo 4: A guerra dos rebanhos


Quando Sancho saía da venda, surgia ao longe uma nuvem de poeira, e Dom Quixote já vinha dizendo que eram os soldados do malvado Alifanfarrão. Porém, quando Sancho olhou viu que eram só ovelhas, um rebanho! Mas claro, Dom Quixote insitiu, jurando que Alifanfarrão queria guerra.
Ele empunhou sua lança e avançou contra a ovelhinhas. Os pastores viram Dom Quixote matando as ovelhas e começaram a atirar-lhe pedras para que ele fosse embora. Ele levou tantas pedradas que chegou a quebrar três ou quatro dentes! Sancho o entregou-lhe o, bálsamo, e ele bebeu sem deixar uma gota.
Eles continuavam cavalgando, quando vinha um homem montado em um burrico, usando algo brilhante na cabeça. Dom Quixote achava que a simples bacia que o barbeiro usava para deixar as barbas de seus clientes de molho era um elmo, o elmo de Mambrino e teimou que ele merecia esse elmo mais do que ninguém no mundo. Foi galopando em direção ao pobre homem que se assutou tanto que saiu correndo com seu burrico e na fuga, deixou cair a bacia, que Sancho pegou para seu amo. Sancho se divertia com as loucuras de Dom Quixote, e acabou se afeiçoando a ele.
Foi na Serra de Morena que Sancho teve um acesso de alegria. Estavam a cavalgar serra acima, quando encontraram na grama mais de cem moedas de ouro enroladas num lenço. Dom Quixote disse que Sancho ficasse com todo o dinheiro, porque ele realmente merecia.
Dom Quixote mandou Sancho para Toboso com o serviço de entregar a Dulcinéia uma carta de amor, em troca de três burricos que ele tinha. Lá foi Sancho, sem perder um segundo direto pra Toboso.
Sancho ia sonhando, alegre, com todo aquele dinheiro que havia ganhado e só podia pensar que cavalaria andante era o melhor negócio do mundo!

Eva Almeida

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